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A usina de Vigário (88MW) integra o complexo Lajes, no estado do Rio de Janeiro, embora possua unidades reversíveis, sua função principal é bombear a água do rio Paraíba do Sul para o reservatório de Vigário, permitindo a geração na usina de Nilo Peçanha.
A usina de Vigário (88MW) integra o complexo Lajes, no estado do Rio de Janeiro, embora possua unidades reversíveis, sua função principal é bombear a água do rio Paraíba do Sul para o reservatório de Vigário, permitindo a geração na usina de Nilo Peçanha.


Inaugurada em 1952, a Usina Elevatória Vigário integra o Complexo de Lages da Light Energia, um sistema de instalações nas bacias dos rios Piraí, Paraíba do Sul e Guandu. Sua operação eleva as águas do reservatório de Santana para o de Vigário em 36 metros, utilizando quatro turbinas reversíveis de 22 MW cada, com capacidade de bombeamento de 188,8 m³/s.
A Usina Elevatória de Vigário é uma importante obra da engenharia hidráulica no Brasil, tendo um papel essencial no abastecimento de água e na estabilidade energética da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Inaugurada em 1952, com suas turbinas instaladas em 1953, foi uma das pioneiras no mundo a empregar turbinas reversíveis em grande escala, precedida apenas pelas usinas de Pedreira e Traição, em São Paulo. Sua principal finalidade é transferir as águas do Rio Paraíba do Sul para a Bacia do Rio Guandu, assegurando o fornecimento de água para milhões de pessoas e contribuindo para o equilíbrio do sistema elétrico da região.


Juntamente com a Usina de Santa Cecília, ela viabiliza a transposição de parte das águas do Rio Paraíba do Sul para a Bacia do Guandu, garantindo o abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Historicamente, as unidades de Vigário (instaladas em 1953) foram as terceiras turbinas reversíveis do mundo, precedidas apenas pelas de Traição e Pedreira (SP). O Complexo de Lajes, iniciado em 1903, é parte essencial do sistema de geração da Light.
A usina foi concebida como parte do Complexo de Lages, um conjunto de obras hidrelétricas e sistemas de transposição desenvolvido pela Light Energia a partir do início do século XX. O Complexo de Lages começou a ser construído em 1903, com o objetivo de aproveitar os recursos hídricos das bacias dos rios Piraí, Paraíba do Sul e Guandu para geração de energia e abastecimento público.
 
A necessidade de Vigário surgiu devido ao crescimento populacional e industrial do Rio de Janeiro, que demandava maior segurança hídrica. A solução encontrada foi a transposição de parte das águas do Rio Paraíba do Sul, que possui um regime mais estável, para o Rio Guandu, responsável pelo abastecimento da capital fluminense.
 
Quando entrou em operação, a Usina de Vigário se tornou a terceira usina reversível do mundo, seguindo os projetos pioneiros de Pedreira (1929) e Traição (década de 1920), ambos em São Paulo. Suas quatro turbinas reversíveis, instaladas em 1953, representaram um avanço significativo na engenharia hidráulica da época, permitindo não apenas o bombeamento de água, mas também a geração de energia em momentos de necessidade.
 
Características Principais
* Tipo de usina: Bombeamento puro (prioriza a transferência de água, mas pode operar como geradora em casos excepcionais).
* Número de turbinas: 4 unidades reversíveis do tipo Francis.
* Potência individual: 22 MW (total de 88 MW em modo bombeamento).
* Vazão máxima: 188,8 m³/s.
* Altura de elevação: 36 metros (do reservatório de Santana para o de Vigário).
 
As turbinas utilizadas em Vigário são do tipo Francis reversível, um projeto que permite que a mesma máquina funcione como bomba hidráulica, ou seja, quando há excesso de energia na rede, a usina consome eletricidade para bombear água do reservatório inferior (Santana) para o superior (Vigário). E turbina geradora, que em situações de alta demanda, a água pode ser liberada para gerar energia, embora esse modo seja menos utilizado devido ao foco no abastecimento hídrico. Esse sistema foi inovador na época e serviu de modelo para outras usinas no Brasil e no mundo.
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